Fomos ao Museu Soares dos Reis
05-04-2010 13:22
Mesmo antes da interrupção, “ entrámos” no “Rebanho” de Silva Porto!
Alguns de nós nunca tínhamos estado num museu, nem sabíamos o que isso era. Foi tempo de conversamos, percebermos e aprendermos, como a passagem do tempo, pode enriquecer o” Nosso Tempo”...
Para melhor percebermos, com a ajuda da Mariana na biblioteca, fizemos uma pequena caminhada virtual, pelo Museu, depois de termos visto o seu aspecto exterior, observando alguns aspectos especiais da fachada. Estivemos bem atentos, até porque, a expectativa de encontrar realmente tudo aquilo no dia seguinte, era mais que muita...
Assim foi! No dia seguinte, e depois de umas tréguas com o S. Pedro, metemos pés ao caminho, e lá fomos nós. Connosco foram também os meninos do Paulo. Pelo caminho, portámo-nos impecavelmente. Crescidos e Pequeninos, dois a dois, uns atrás dos outros, fomos descobrindo espaços conhecidos, comentando algumas das circunstâncias que os tornaram significativos para nós.
Chegados, foi tempo de comparar o que nos havia sido revelado pelo computador. Cabeça para trás, num longo olhar até ao telhado, descobrimos as carantonhas de pedra que pareciam vigiar as pessoas que passavam na rua. Transpusemos a porta, realmente enorme, assim como todo o espaço de entrada, arrumámos os casacos e enquanto os meninos do Paulo subiram para as salas de exposição, nós fomos para o jardim.
Lá estava o lago, mas sem peixes... Pena! Para nós, os lagos ficam mais bonitos se tiverem peixes. Sobretudo se forem iguais ao nosso” laranjinha”.
Cá fora, vimos as japoneiras iguais á da nossa escola. O chão estava coberto de camélias vermelhas. Junto á fonte, uma concha grande, chamou a nossa atenção e não foi preciso muito para que num repente todos estivéssemos á volta dela. Estava cheia de água da chuva. Sentados nas escadas, com calma e olhando á nossa volta comparámos as varandas. Analisámos semelhanças e diferenças entre elas, e descobrimos
linhas rectas e curvas nas janelas e nos arcos das portas... Um bom pedaço depois foi a nossa vez de subir até as salas de exposição de pintura. Tivemos a companhia de uma amiga nova, que também se chama Paula, e que, com a Nossa, vai ajudar-nos “a entrar “ nalgumas das obras do museu. Desta vez, abriu-nos as portas para o “Rebanho” de Silva Porto
Para nós, entrar é movimento. Sentir é mexer, tocar, ouvir, saborear…
Como fazer isto sem perder a noção de que as obras não podem ser realmente tocadas? Como fazer isto, apreciando, com os sentidos bem alerta? Vai ser preciso tempo e jogo. A pouco e pouco, aprenderemos a “sentir”a obra ajudados pela evocação da nossa própria experiencia, pela associação de conceitos que a pouco e pouco fomos construindo ao mesmo tempo que faremos novas descobertas e aprendizagens.
A cor a forma, a luz as sensações e emoções serão objecto de exploração ao longo das várias visitas…